sobre El Proyecto

                             espejos naturales - natural mirrors

Este proyecto se basa en resaltar paisajes oníricos a traves de la cámara fotográfica utilizando el reflejo del agua, para asi jugar con la realidad, en este mundo se mezcla lo profundo del agua con lo profundo del cielo, reflejando paisajes irreales en medio, conjugando lo irreal con lo real, através del reflejo del agua. 

Generalmente las fotografías de reflejos del agua que existen buscan un único fin, conseguir la reflexión exacta del reflejo y lo reflejado. Por ejemplo se busca sacar una montaña y de manera simétrica su reflejo intacto.  En este proyecto el objectivo no es mostrar el reflejo y lo reflejado, sino lo reflejado únicamente a través del reflejo, de manera más específica, no busco ver la montaña y el reflejo de la montaña, sino la montaña a través de su reflejo.
Las imagenes son presentadas boca abajo, dato importante. La fotografía es tomada con la perspectiva natural y son rotadas 180 grados para dar el efecto que se pretende. El efecto que se logra rotándolas amplia el poderío que se obtiene del reflejo del agua. Los objetos reflejados se convierten en objetos reales, no en simples reflejos, aportándonos así un mensaje nuevo codificado por el reflejo que el agua nos brinda.

Perspectiva natural de la fotografía tomada
Perspectiva natural de la fotografía tomada
Imagen rotada 180 grados para dar el efecto pretendido
Imagen rotada 180 grados para dar el efecto pretendido


exposición

Exposición del proyecto  "Espejos naturales" en la Biblioteca Pública y Archivo Regional de Ponta Delgada, São Miguel, Azores, Portugal. 2015

 

mercado urbano de artesanato

Participación en la IV edición del MUA (Mercado Urbano de Artesanato), Ponta Delgada, São Miguel, Azores, Portugal con el proyecto  "Espejos naturales". 2015


Texto crítico del escritor Fernando Nunes:

 

António Garcia Guerrero apresenta um conjunto de fotografias à volta do arquipélago açoriano intitulado “Espelhos Naturais”. São fotografias realizadas em quase todas as ilhas açorianas - mas expostas de forma singular e estimulante aos nossos olhos, exigindo tempo e compreensão à nossa experiência sensorial.

As fotografias de “Espelhos Naturais” revelam assim um fotógrafo sensível, fascinado pelos cambiantes da paisagem e entusiasmado pela policromia da natureza das ilhas atlânticas. Neste jogo implícito de luz e contrastes, já que são fotografias que usam e abusam do reflexo da água, o jovem fotógrafo apresenta imagens de cima para baixo, fazendo-as rodar os 180 graus, tendo por objetivo propor e revelar novos detalhes ou outros efeitos pretendidos, abarcando desta feita as dicotomias: real/irreal, céu/terra, vida/sonho. Relembrando ainda um literato argentino, Alberto Manguel, este escreveu em “No Bosque do Espelho”: “Somos criaturas arrumadas. Desconfiamos do caos. As experiências chegam-nos sem um sistema reconhecível, sem qualquer razão inteligível, com uma generosidade livre e cega. E, no entanto, perante todas as provas em contrário, acreditamos na lei e na ordem.” António Garcia Guerreiro contraria em “Espelhos Naturais” essa mesma lei e ordem, propondo deste modo um presente para os nossos sentidos, arriscando-se assim a encontrar beleza no caos e na miríade de reflexos e estímulos que a natureza em redor nos proporciona. Afinal, o belo pode ser caótico e desordenado, e, para isso, basta estar aberto, com certeza, atento.